Como funciona o reator ARC: Análise Teórica da Tecnologia do Homem de Ferro

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DISCLAIMER:

Este artigo apresenta uma análise teórica de como um Reator ARC poderia funcionar na realidade. Baseia-se em especulações e teorias sobre a tecnologia do universo Marvel.

Toda essa teoria pertence a este post

Se tiver dúvidas sobre os conceitos discutidos, sinta-se à vontade para entrar em contato.


Introdução

Voltamos a falar sobre o Homem de Ferro! Após revisitar os filmes, minha admiração por esse super-herói só aumentou. Stan Lee fez um excelente trabalho ao criar Tony Stark, um personagem que, embora inicialmente considerado de classe B, tornou-se um dos heróis mais queridos da Marvel.

Para entender melhor a evolução do Homem de Ferro, confira o post do Canaltech.

Mas novamente, isso não é toda história. Teve algumas outras nos bastidores, mas enfim… Vamos ao personagem.


O reator ARC

No Universo Cinematográfico Marvel (UCM), o Reator ARC foi desenvolvido por Howard Stark e Anton Vanko para replicar a energia do Tesseract. Após o sequestro de Tony Stark no Afeganistão, ele miniaturizou o reator e o utilizou para alimentar suas armaduras.

O canal The Hacksmith criou uma versão funcional de um gerador inspirado no Reator ARC. Veja aqui como funciona.


Analise do Reator Arc

O Reator ARC apresentado no filme possui um design semelhante a um sistema de contenção de plasma em formato toroide, semelhante ao reator de fusão ITER.

Os reatores de fusão, como o ITER, estão em desenvolvimento para gerar mais energia do que consomem. Eles funcionam ao esmagar isotopos de hidrogênio para criar hélio e liberar energia. O formato toroide mantém as partículas carregadas em movimento com a ajuda de campos magnéticos.

O Reator ARC, como mostrado no filme, utiliza bobinas eletromagnéticas externas para manter a contenção do plasma. Isso sugere que a tecnologia-chave do Reator ARC é sua capacidade de conter uma reação autossustentável em um anel magnético.

Diferentemente dos reatores térmicos convencionais, o Reator ARC gera eletricidade diretamente, sem a necessidade de transformar energia em calor para movimentar turbinas. Além disso, a energia do Reator ARC é uma combinação de física avançada e teorias de partículas subatômicas.

O Reator ARC utiliza partículas carregadas movendo-se em um anel de eletroímãs. O PD-103 é ionizado e acelerado para criar um circuito elétrico entre dois isotopos radioativos. O PD-103, altamente radioativo, decai para o RH-103 (ródio), enquanto o PD-107 decai para a prata. Este processo gera uma corrente elétrica ao criar um déficit de elétrons no núcleo e uma sobrecarga no anel externo.

O efeito visual azul do reator pode ser explicado pelo efeito de Tcherenkov, que ocorre quando partículas energéticas se movem mais rápido que a luz em um meio específico.

O que mais sabemos:

O paládio tem sido proposto como uma possível solução para a fusão “fria” basicamente uma fusão nuclear que ocorre em temperatura ambiente, em vez dos milhões de graus célsius requeridos para reações de fusão do plasma.

Embora, o uso de fusão a frio tenha sido desacreditada no mundo real.

Isso, aliás, me lembra de uma frase, de uma fanfic que eu tava lendo que dizia: “Quando você elimina o impossível, o que restar, não importa o quão improvável, deve ser a verdade” (Naruto).

Enfim, o paládio possui algumas propriedades de captura e decaimento.

Lembra que necessitamos de isotopos específicos, pois bem:

Nosso ponto é que a geração desses isotopos tem números diferentes de prótons, equilibram os números atômicos resultantes, os elétrons são equilibrados e não há fluxo positivo de energia (energia não é liberada para uso externo a reação).

Propondo que a teoria de Howard Stark de fato encontrou uma forma de usar o declínio beta dos íons PD-107 como uma fonte de elétrons PD-103 gerando um circuito elétrico entre dois isotopos radioativos.

O PD-103 é muito radioativo contendo uma meia-vida de 17 dias enquanto o PD-107 possui uma meia vida de 6.5M de anos, então deveria haver mais do isotopo mais pesado para compensação a disparidade da taxa de declínio.

O núcleo de paládio PD-107 deveria ser o núcleo do dispositivo emitindo elétrons de alta energia enquanto declina para prata. Este é um isótopo estável presente no paládio normal que Tony Stark poderia extrair de uma arma convencional.


Recapitulando

O dispositivo usa partículas carregadas viajando em um anel de eletroímãs, com uma pequena quantidade de PD-103 ionizada por um arco elétrico (arco ⇾ arc) que permite o PD-103⁺ circular em alta velocidade dentro de outro anel.

A ionização serve para atrasar a etapa de captura do elétron até que o átomo encontre um elétron livre para ser capturado e a alta energia cinética devido à velocidade aumenta as chances do elétron ser capturado, o que ocorre uma vez que o elétron é capturado. O declino PD-103 é iniciado, interrompido e preso pelo dispositivo simplesmente controlando a ionização e a circulação do PD-103.

O declínio é preso simplesmente controlando ionização e a circulação de PD-103.

A geometria e os campos magnéticos do dispositivo direcionam os elétrons altamente energizados do núcleo de PD-107 em direção ao anel externo. O processo de captura desses elétrons emitem raios gama desviados para catalisar o declínio beta de PD-103.

Para resumir: elétrons são projetados para fora do núcleo interno e os raios gama, para dentro do anel externo essa contracorrente elétron/fóton cria um deficit de elétrons no núcleo, um potencial eletrostático massivo é desenvolvido e o núcleo de paládio atrai elétrons pouco energizados da fiação da armadura.


Proposta de como a ignição funciona

O reator Arc precisa de um ponto de partida, então…

Miniaturização do reator Arc

Para miniaturizar o Reator ARC, a tecnologia teria que ser compacta o suficiente para ser carregada manualmente. Ignorando o Badassium, que é um elemento fictício, o brilho azul do reator pode ser devido ao efeito de Tcherenkov.

Além disso, a toxicidade associada ao paládio pode não ser o principal problema. Em vez disso, a exposição a metais como o ródio, ou mesmo a prata que são altamente tóxicos e pouco compreendidos, poderia explicar os sintomas vistos em Tony Stark. Por exemplo, alta exposição a prata gera uma doença chamada argiria

Afinal, lembre-se que o processo de coleta de nêutrons e decaimento beta geram prata e ródio.

Tony não estava envenenado por paládio e sim pelo produto do decaimento do paládio, e até agora toda teoria está se encaixando.


Conclusão

Falei que ia ficar pesado o post com muita física em especial física nuclear. Nunca tente construir um reator Arc real em casa, só se for um igual o do the hacksmith.

Espero que tenham gostado do post, qualquer dúvida que tiver pode tirar comigo.

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